Algumas considerações sobre a minha filosofia _ 5
O sumo bem (conforme a definição kantiana) reflete a ideia do bem (o bem em si), que é universalmente predicável dos bens (na perspectiva de aproximação com a coisa mesma, que está a depender da consciência do indivíduo) e encontra-se no ser, constitui sua essência. O fim último dos predicados que se originam da essência do ser (onde cada uma constitui uma ideia do ser que por o ser é ou em si) é a ação. O dever brota diante do contato do indivíduo com estas essências, a priori, no suprassensível, assim como seu propósito e com o supremo bem tornando-se uno com minha vontade. Da ordem, finalidade e grandeza do universo podemos deduzir que o seu autor é sábio, bom e poderoso, mas apenas com o contato progressivo e constante com a substância pensante concebemos gradativamente todos os outros predicados e a sua grandeza, que é infinita. A sua asseidade é por definição pura, isto é, destituída de tudo aquilo que não a define, portanto, cada vocábulo nele é significado por si mesmo, tem a sua significação independente de outras. As relações entre cada qualidade e sua quantidade configura a ideia do ser (essência) a originar-se. A forma deriva-se da ideia do espaço, portanto, da quantificação (fragmentação) do espaço absoluto. A fragmentação do espaço absoluto tem sua origem na intenção do suprassumo pensante, assim sendo, esta o é racional (não destituída de ordem). O logos tem com o campo semelhanças, porém, possui distinções antagônicas. O ser é sujeito, o campo objeto em sua mais pura definição. Como sujeito tem intenção e como objeto destituído o é. Como sujeito e ato puro, é (redundantemente) ação. O campo, por outra, é absolutamente passivo. O ser é o todo, espaço absoluto e sem tempo (eterno), pois não há nele matéria para surgir as leis da física (em específico a segunda lei da termodinâmica) conforme a regência que a sua estrutura pede, isto é, para permanecer. O campo por sua vez também é eterno e espaço absoluto, porém, da sua forma. O não tempo do campo pode vim a ser (não-tempo(algo->alguém, coisa)) ⇒ (tempo) e o seu espaço absoluto é ser toda possibilidade, mesmo que, a priori, nada ou o mais próximo disto (análogo ao apeiron). Sua totalidade é ser tudo em possibilidade. A do ser é por o ser em tudo o que origina e irá originar, sabendo ele já de tudo isto, daí o ser que é por ser. Portanto, o ser que enquanto é deve ser algo a mais que isto. A apreensão (conforme a escolástica) do ser se dar por meio da razão teórica, somente na razão prática (que advém no sujeito a partir/conforme a vontade) o ser é o sujeito (pura alteridade). É necessário como primeiro passo a apercepção para posteriormente o contato com a substância pensante, que é anoético. Dessarte, o devir implica o ser, pois é necessário para a sua própria origem e podemos observar esses lapsos de memória (semelhante a anamnese), por exemplo, na Ek-stase.