Um Grão de Areia Entre as Galáxias .
Tudo tem seu próprio espetáculo,
Seja ele visível ou invisível.
As vezes o belo,
Se mostra no silêncio
E no oculto,
Nas ramificações das pequenas coisas,
Que se abstraem em meio
De uma realidade abragente.
O orvalho com seu baile
Sobre a singela flor e folha,
É escondida pelos carros e prédios,
Que as vezes nos cegam do resto.
Nesse mesmo instante,
Estrelas nascem e morrem,
E o universo se expande,
Muito além de nossa compreensão.
Somos gigantes
Diantes dos átomos e moléculas,
Que nos compõem.
Somos insignificantes,
Diante da imensidão do universo,
Mas somos filhos da mesma matéria.
Poeiras cósmicas dos primórdios da criação,
Somos vida vagando no escuro e no caos,
Do quintal cósmicos.
Somos história,
Que talvez alguma outra civilização
Nunca escute.
Talvez outras vidas nasceram e morreram,
Entre estrelas distantes,
E tentaram,
Como nós
Ser vistos e tentar saber que não estamos sós.
Mas o tempo e tudo ao nosso redor é complexo,
E o silêncio,
Que nos torna eternos,
É o mesmo que nos faz
Nunca ter existido.