I-L Jaezes de vida e morte

Viste-me descer os céus, por que perguntas de onde vim?

Usas a liberdade mas esqueces da percepção,

exatamente como fui, carregando os homens com ambas as mãos.

Se dificilmente vê-se jovem, perdoe-nos enquanto ainda somos pobres.

Crio o que tens feito, a insegurança alimento,

e me empreguiço para evitar o que tanto tento.

Me apaixono por como ages sob o único sol que vejo,

mas a noite vem, lembrando-me de ser ambos criados pelo Mesmo.

Prometa-me então, Charn, que à Londres nunca me levará,

pois me vicio em tu que me mata devagar.

Ouso enraizar-me ao chão,

abafo o mundo, guardo o perigo,

e mal sei sobre a loucura de quem cogita além do instinto.

Murilo Porfírio
Enviado por Murilo Porfírio em 10/07/2022
Reeditado em 02/12/2023
Código do texto: T7556655
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.