RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS
Nesta minha nova fase de vida, estou trabalhando no aprimoramento de relacionamentos interpessoais e pessoais. Estou reformulando os limites de cada caso, tanto para mim quanto para os outros. Pessoas evasivas tiram o nosso foco, nos oferecem o que não desejamos, nos confundem, nos atrasam...
Recentemente efetuei a compra de um item num dentre tantos outros sites com aplicativos, no qual chamarei este especificamente de ML. Pois bem, gosto de comprar neste site e pela primeira vez tive que entrar em contato com a empresa vendedora pelo WhatsApp. Foi necessário, tendo em vista, que precisava das fotos dos tecidos e cores para a fabricação do produto comprado.
A compra e o contato pelo WhatsApp ocorreram no dia 24 de maio. Como já era noite, o vendedor pediu se poderia enviar as fotos no dia seguinte pela manhã. Concordei sem nenhum problema. Cumprindo com o combinado e com as fotos enviadas já cedo, fiz a escolha do tecido e cor. Em seguida, sem fazer média, não hesitei em realizar o PIX com o valor do frete diretamente para o vendedor. Tendo em vista que se fosse feito pelo ML, o site cobraria um acréscimo de taxa pelo serviço. Enviei o comprovante como foi solicitado, o vendedor agradeceu e fiquei no aguardo.
Normalmente, boa parte dos fabricantes, deixam anunciados que é necessário um prazo de 7 dias úteis a partir da data da compra, para que o produto seja confeccionado. E somente após é que se passam a contar os dias para a previsão da data de envio e entrega. Este produto apesar de precisar ser confeccionado, não constava tal anúncio. Ainda assim, dei o prazo e o espaço para que o vendedor entrasse em contato comigo para dar alguma informação.
Passados 12 dias corridos após o último diálogo, sem receber nenhum contato do vendedor, no dia 6 de junho enviei mensagem perguntando se o produto estaria pronto e, se caso estivesse, qual seria a previsão de envio e o prazo para a entrega. Sendo este dia uma segunda-feira, o vendedor não respondeu nem ‘sim’ e nem ‘não’ acerca do produto estar pronto. Apenas disse que iria ver e que achava que seria despachado até quarta-feira, isto é, no dia 8.
Sem informação alguma se o produto estaria pronto ou sequer em fase de acabamento, entrei novamente em contato na sexta-feira, dia 10. Remeti a dúvida anterior ao vendedor, que novamente, não disse nem que sim e nem que não se o produto estava pronto. Ao invés disso, perguntou-me se o contato poderia ser retomado na segunda-feira, dia 13. Pediu desculpas pelo transtorno e alegou estar de luto.
Fiquei um certo tempo olhando para a tela do celular pensando o que responderia e mesmo sendo impelida a digitar um “tudo bem” ou “Ok”, optei por nada responder. Em seguida, pensei, repensei e cheguei à conclusão que: Não! Não estava tudo bem e nem mesmo ok. Normalmente, não sou uma pessoa do tipo impulsiva ou sanguínea que é levada pelo “calor do momento”, ao contrário disso, considero-me até compreensiva, pondo-me no lugar do outro.
Porém, neste caso em específico, fui impelida a pesar a balança mais para o lado lógico e racional. O que me fez ter tal atitude, foi o parco e precário histórico de feedback por parte do vendedor para com a cliente. Deixo aqui a ressalva de que este relato não vem tratar dos típicos e arrogantes casos: “Eu sou o cliente e estou pagando”. Nem dos seus derivados: “E quero ser bem tratado... exijo atenção e... tenho que ser bajulado”. A ressalva aqui é para o profissionalismo. Pergunta direta, resposta clara, sem complicação e simples assim.
Ao longo de todos os dias logo após o envio da foto do tecido, o vendedor não entrou nenhuma vez em contato para dar uma informação sobre o status do produto. Todas as vezes tive que acioná-lo para obter alguma informação. De todas as vezes que entrei em contato, não obtive uma resposta definida para que pudesse me situar. Ao contrário, respostas indefinidas, pautadas em achismos e zero em retorno. Resumindo, sem feedback no início, não esclarecedor e nem informativo no meio, negativo e inconclusivo no final.
Tenho aprendido observando e experenciando as vivências de um abrangente leque e seus vastos tipos de relacionamentos. Se você dá as coordenadas para uma pessoa e ela não te situa, não insista demasiadamente e, em certos casos, nem mesmo insista. Se um profissional que tem as ferramentas necessárias e adequadas para te situar, não situa nem a ele próprio, passe para outro profissional mais qualificado e dependendo do caso, mude de instância.
De maneira instantânea e não impulsiva, acionei o site do ML para realizar uma reclamação. Este acionamento daria uma outra escrita sobre o atendimento da atendente, visto que, nitidamente, ela não entendia (Preguiça de pensar) o que era discorrido de maneira clara. Ela falava em cancelamento da compra, quando eu nem cogitava essa hipótese e sequer havia sugerido ou mencionado algo do tipo. A reclamação a ser aberta foi simples, direta e clara: O vendedor não interage de forma satisfatória com o cliente e pronto.
Fiz isso sabedora e consciente de que neste site, as avaliações são importantíssimas e levadas à sério. Tanto é assim, que ainda com a atendente do SAC no telefone, ao ver que foi aberta a reclamação, o vendedor pela primeira vez me acionou no WhatsApp se lamentado por eu ter tomado tal atitude. Deu a desculpa que a vó havia falecido e que o meu produto havia sido entregue à transportadora no dia anterior, ou seja, dia 9, e que não conseguiu me enviar o rastreio.
Na hora eu quis amolecer, mas independente do luto, ele errou o percurso todo. Como eu não respondi a mensagem, rapidamente ele enviou o código do rastreio que supostamente não estava conseguindo. Certamente o ML fez a exigência do fornecimento do rastreio, tendo em vista que o produto já havia sido postado, inclusive, com a previsão de entrega para dia 20.
Em vários seguimentos há necessidade de empatia, de profissionalismo e de bom senso. Nenhuma reclamação teria sido efetuada se o vendedor tivesse dado uma simples informação, que o produto já havia sido postado no dia anterior e que por conta do luto enviaria o rastreio na segunda-feira. A sua falta de profissionalismo fez com que ele além de dar desculpas, fez também se vitimizar.
A ideia de exercer empatia afastou-se da minha mente a partir do momento em que a mesma não foi exercida por parte do vendedor para comigo. Não é o meu caso, mas se outras pessoas dependessem do produto comprado para algo importante? E se eu estivesse dependendo do material com um prazo para cumprir algum tipo de trabalho? E se estivesse fazendo uma revenda e outra pessoa estivesse dependo de mim? São tantos possíveis “e se” que não deu para deixar passar em branco o seu “é que”.
Já que não chamou a responsabilidade para si, que a delegasse para outro. Não deveria distorcer os fatos tentando incutir certa dose de culpa na consciência do cliente. Enfim... Entre o sim e o não, até prefiro o não, mas não desejo mais ficar com o nada como resposta.