a falta que tu (ainda) me fazes
eu sinto falta de ti. tanta que eu nem sei como começar a explicar quão grande ela é. eu sinto falta de ti como se tu fosses uma parte de mim que não posso viver sem. eu sinto falta de quem tu eras para mim. eu sinto falta de quem eu era contigo. eu sinto falta de compartilhar minha vida contigo, toda essa confusão caótica e brilhante que eu sou – e que tu dizias que gostava de admirar por ser um universo em explosão e expansão. eu sinto falta de compartilhar minhas conquistas contigo, de te ver alegre junto comigo. de te ligar toda empolgada para te contar sobre o final do livro que li ou do sucesso que tive no meu hobbie. que alcance um novo objetivo com o seu apoio moral, que parecia que eu era mais capaz do que jamais imaginei que era. eu sinto falta de conversar contigo. seja para ouvir uma besteira, uma piada ruim ou algo sério. gosto como a sua euforia é contida enquanto a minha é bem barulhenta. sinto falta da sua calma que me tirava do sério quando eu estava irritada, mas que no fundo era o meu porto seguro. eu sinto falta do teu cheiro, que ainda é a minha fragrância preferida. eu sinto falta de te abraçar e me sentir em casa. tem dias que a saudade dói. tem dias que eu me perco nas memórias e sofro ao voltar a realidade e não te ter aqui, comigo. dói saber que não há mais espaço para te ligar ou mandar uma mensagem a qualquer hora do dia. dói aceitar que não existe mais um vínculo entre nós que permita te dizer que eu ainda penso muito em ti. algumas saudades nunca vão embora da gente, né? tu és uma delas. uma saudade latente e companheira até o fim dos meus dias. dentro de mim ainda há um respingo de esperança de que um dia vamos nos encontrar como dois conhecidos que partilham um capítulo da história em comum. eu ainda vou te ver por aí, nem que seja em outra vida.