Nossa valsa

Houveram dias em que admirei os prédios da cidade como se fossem paredes de um labirinto capazes de esconder aquilo que eu não sabia que me faltava.

Questionamentos pairavam em minha mente e o presente, passado e futuro se misturavam, me deixando sem pistas do que fazer com minha vida e concluindo que a única solução seria viver acreditando no destino.

Assim, sem bússola, deixei o destino me guiar numa valsa de vir, vir vir, depois ir, ir, ir. Rodopio após rodopio, até ficar tonta e quase cair. Ao despertar, um novo lugar. Me afastei do óbvio e fui atirada de surpresa nos braços do amor.

Quem diria que seria assim? Os tempos de romance não já haviam deixado de existir?

Encontrei num sorriso a fórmula do tempo. Encontrei naqueles olhos uma vida. Encontrei naquele abraço um lar.

Quando percebi a beleza do que sentia, foi como se uma brisa perfumada passasse por mim e o vento sussurrasse em meus ouvidos que finalmente eu poderia respirar, devagar.

A valsa parou e não era mais o destino a me guiar.

No momento em que me vi sendo capaz de pertencer àquele amor, eu quis ter controle de tudo para garantir que ofereceria o melhor de mim, que poderia ser também abrigo.

Sinto que ao teu lado tudo positivo em mim ganha força, que juntos podemos ser melhores, a música que toca para nós dois muda o tempo, ele já não tem poder sobre nós. Agora as horas parecem apenas segundos de eternidade e retomamos a nossa valsa.

Olhando nos seus olhos eu sei que estou segura, Segurando suas mãos eu sinto que jamais estarei só.

Meu coração repousa tranquilo em seu peito e não mais sou atormentada pelas angústias do destino.

Somos nós dois, na calmaria e intensidade do nosso amor. Estamos entrelaçados peito a peito.

Há muito não dizia o que vou dizer, mas te quero pra sempre.

Não há medo nestas palavras, apenas uma enorme certeza que me preenche e traz felicidade.

Vive em mim o desejo de que nossa dança nunca se acabe. Te quero comigo de hoje até… até… até…