O masoquismo no comportamento Cristão

> O termo masoquista é geralmente utilizado para designar uma pessoa com problemas psicológicos sérios, caracterizando um indivíduo que sente prazer com o próprio sofrimento.

Geralmente este vocábulo é mais utilizado em conotações de natureza sexual.

Eu contudo ouso afirmar algo mais forte ainda: o gênero de indivíduos onde constatamos nitidamente um comportamento masoquista é o cristão. É incrível a adesão de cada cristão em se fustigar, em se auto-desprezar, em se humilhar perante um ser que é tido e crido como divino e sublime.

Já observei várias vezes, quando o típico cristão busca “a presença de Deus” por meio do método da oração, de orar a Deus, vemos o quanto eles chicoteiam seus próprios corpos com expressões aviltantes do tipo “eu não sou nada sem ti Deus... Eu sou um maldito pecador... Não passo de um mentiroso, imundo, etc ”. Percebemos claramente que o indivíduo cristão se autoflagela perante a imagem crida de Deus, visando depois os efeitos emocionais que irão surgir nesses momentos de oração, de se buscar a presença de Deus. Que efeitos emocionais e psicológicos são esses? O de se sentirem perdoados, purificados, de se sentirem sublimes supondo que há um Deus que se importa com eles.

As dores auto-sugestionadas e as angústias em se auto-desprezarem diante da imagem hipotética desse Deus irão resultar em sensações de alívio, de alegria, de um êxtase, de um orgasmo psicológico ao se saborear a idéia de serem amados, purificados e salvos por este ser tido e crido como Onipotente. Eles até choram de alegria ao se imaginarem ser amados e protegidos por esse Deus.

A dor, o pranto, as angústias auto-infligidas pelo próprio indivíduo cristão visam sentir o êxtase emotivo e psicológico desencadeados da idéia crida do perdão e do amor ejaculado por este ser divino perfeito e santo.

Todas estas peculiaridades que observamos no comportamento dos cristãos não retratam claramente uma postura masoquista?

O prazer em se auto-humilhar, o prazer em se ajoelharem a fim de suplicar por misericórdia, e infligir angústias verbais, por meio da imaginação, contra si mesmos para obter o êxtase sensorial do perdão, da santificação, e da redenção por parte da Imagem hipotética deste ser divino que se acredita.

O apóstolo Paulo disse: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”.

Este é um dos principais métodos utilizados pelas igrejas para despertar este comportamento masoquista. Por isso, eu vou parafrasear o que o apóstolo Paulo afirmou: onde se intensificou a idéia do pecado, superabundou a idéia da graça, do perdão e da salvação.

Quão pervertido é o sistema cristão.

gilliard alves

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 26/11/2007
Código do texto: T753753
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