I-XLV Jaezes de vida e morte
Quando acabar o prazer, e seu sonho frustrado voltar,
pegue o que tens e dê-me um tempo.
Sei que agirá como se superou,
quando há minutos chorou por tolices menores que o marcou.
Quanto às minhas, não as perdi,
as escrevi para quando eu precise rir.
Mas o cansaço que os feriados me traz,
faz-me dormir antes de me lembrar.
E acordo suando, sob o mal desta cidade que,
há anos, vi-me aqui sonhando.
Não me digo arrependido,
os fantasmas daqui têm me distraído.
E tenho meu tempo gastado assentando esta casa,
um tanto irritado por não haver quem mais faça.
Estou crente que terminarei a noite ansioso,
e desfruto do dia com mau gosto.