No fundo, estamos todos sós?
O Homem vive em constante relação com o mundo, mas o seu mundo é ele quem faz.
A felicidade é representada por estar rodeado de pessoas, de ter com quem sair, conversar.
O solitário vê o Outro e o julga feliz, mas ele não o conhece em sua realidade particular.
A vivência de relações nos permite oportunidades de comunicação e compartilhamento, em querer bem aqueles que escolhemos como parceiros.
A solidão não é necessariamente a ausência de alguém, mas um estado ou percepção de falta que pode ser sentida até mesmo no convívio com outras pessoas.
Experimenta-se uma insatisfação, cria-se uma expectativa de felicidade no Outro ou em um modelo de relacionamento considerado ideal para suprir as carências.
Isto acontece frequentemente com pessoas que têm dificuldades de se experimentar sozinhas, que possuem carências afetivas e tentam supri-las através das relações.
Uma autoanálise nesses casos faz bem: o que penso e sinto quando me percebo só?
Gosto da minha própria companhia?
Eu realmente sei ficar só?
Do que eu estou fugindo?
O que eu quero?