Madeira de Lei
Madeira de lei que o cupim não rói.
Uma frase da música que arrasta multidão.
Multidão,que tem no solo do peito
uma fé, diante da escuridão.
Nuvens com nuances do tom do chumbo.
Lamento profundo no coração.
Um fenômeno.
Um toque rigoroso.
Oeste...
Céu cinza ,multidão.
Com a chuva,tocando no solo dos pés,alguma pessoa,estava fazendo uma escavação.
Onde estava uma multidão alegre, com o sotaque arretado do Nordeste?
No pranto dos morros.
No pranto, próximo das ladeiras.
Escombros,corpos sujos de lama.
Madeiras de lei.
Fotos das enchentes,das ruas e ladeiras.
Descaso de algumas autoridades.
Nesse momento, deságuam gestos de solidariedade.
Diante do céu cinza, nuances do tom chumbo.
Lamento profundo.
Nordeste.
Uma enchente que lava o caos.
Um tempo de refletir.
Um tempo de agasalhar .
Um tempo de pensar nos morros.
Um tempo de pensar no outro.
Enxurradas de solidariedade, espalham-se,
pela cidade e regiões vizinhas.
Um toque de fé, por onde
alguém caminha,no meio do caos.
Um tempo de fé,de reforçar o que cada um pode fazer.
Tempo de entender, o que esse fenômeno fez.
Tempo de entender que somos do Nordeste.
Mesmo diante dessa mudança climática, por todos os lugares que passei, tenho certeza que somos fortes, feito madeira de lei .