Casamento: vida conjugal
Quanto mais estressante é para o casal ficar lado a lado e falar sobre o relacionamento ou alguma situação conflitante, mais chances eles têm de se desentenderem. Casais assim tendem a ver com mais ênfase os erros do parceiro, vindo a se transformar em atitudes de críticas, indiferenças, etc… A vida conjugal se caracteriza também de cumprir um papel na produção de identidades e de sentidos, pois a convivência precisa proporcionar novos modos de ver um ao outro. Assim como uma forma de construir a realidade, porque a relação conjugal envolve, dentre outras coisas: despesas, compartilhamentos de recursos e responsabilidades.
Porém, não dá para desconsiderar o paradoxo entre a individualidade e a conjugalidade. A individualidade precisa estimular autonomia. Por outro lado há a necessidade de vivenciar a realidade comum de um casal: carinhos, atenção, desejos e projetos. Cria-se grande expectativa em relação ao casamento, mas não dá para anular os conflitos. É preciso um constante diálogo e comprometimento frente ao que está sendo discutido.
Todo casamento deveria proporcionar construção de valores e de novos sentidos, pois é uma oportunidade de aprendermos a lidar com nossas próprias emoções e com as emoções do outro, assim como nossos próprios conflitos e também com os do outro. Afinal, cada um leva para a relação suas próprias vivências, valores pessoais e culturais. Portanto, pode-se dizer que não é tarefa fácil. Enquanto casais, é preciso criar um ambiente no qual possa escutar e aprender a enxergar o outro para além de uma idealização. Mas quando há um conflito, algo desajustado, é preciso enfrentá-lo. Conversar de forma clara, assertiva e controlada, definir prioridades, estar presente e atuante nos bons e maus momentos– são os princípios básicos para manter o casamento/relação saudável.