Carência demais faz você enxergar amor onde não tem
O amor-próprio deveria ser o maior que nós podemos ter. E se apaixonar por nós deveria ser a escolha definitiva, mas não é bem isso que acontece para alguns... Muitas pessoas estão à deriva, se contentando com pequenos sinais que alguém demonstra. Vivem recolhendo as migalhas de pessoas levianas, vazias, esquecendo que podem escolher a felicidade, escolher alguém que venha para somar: que dê amor, valor e que tem um projeto de vida.
Aquele que é dominado pela carência não faz escolha, é escolhido. E mesmo com todo o desconforto de uma relação desequilibrada, repleta de queixas, estará sempre nas mãos de outra pessoa. E assim será sua vida: sendo refém e fazendo do Outro o seu refém. Não faz sentido uma relação em que apenas um dá o melhor de si, em que os sonhos e projetos sejam idealizados de forma separada, no individual, com muitas promessas e poucas atitudes. E outra, se diminuir para caber na vida de alguém é um desastre. É como calçar um sapato menor que seu número. Haverá muito esforço, mas no final, apertado e cheio de dor, o sapato não vai ajustar ao seu pé.
Em algum lugar existe alguém que queira viver o que você também quer, que olhe e enxergue adiante você como parte do seu projeto. Enquanto você investe, cria expectativas e perde tempo com a pessoa errada, a certa nunca terá espaço e chances para chegar. E o tempo passa, a vida passa, fecha-se as portas das possibilidades e dos sonhos.
Ser feliz não pode estar apenas atrelado em ter alguém, é muito além disso. É sobre estar preenchido de boas experiências, reconhecer-se merecedor das melhores coisas e melhores pessoas. Pense nisso...