Profissão de Fé: Escritor!
( Especial para Recanto das Letras )
Quero escrever ficção. Tenho minha sina de escritor e vou cumpri-la sobre quaisquer circunstâncias que me ocorrer. Não me interessa que haja chuva, calor, frio ou tempestades lá fora ou que não saiba para quem vou escrever, contanto que a mensagem seja realizada e dada.
Quero vencer as tempestades que existem em mim, que precisam ser domadas, pela complementação de minha missão na vida. Estou com quase setenta anos de vida extra-uterina e, agora, é chegada, a hora de prosseguir na escrita. Preciso escrever o que gosto de dizer e tenho minhas inspirações para tal. Se ‘algo’ em meu interior me diz para narrar uma estória, quero sentar e escrevê-la; retirá-la de meu processador mental e, com os sentimentos culturais que me impelem de fazê-lo.
Sei que Alguém me inspira e quero aceitar a missão de fazê-la, pois se é um anjo, uma musa, uma pessoa ou uma vontade que meu Ser aceitou, então tenho de a fazê-la contra as resistências interiores que me inibem. Não importa de que maneira retire as palavras de dentro de mim e as transponha para o papel, a tela ou o gravador. Pois é preciso harmonizar-me muito bem comigo mesmo e ter a alegria corpórea, dessa ânsia genética de contar, de narrar esse algo que meu ser sentiu, por ter chegado à hora da escrita. Mas é preciso que isso seja espontâneo e, felizmente, consciente, de que é um texto correto, perfeito, coeso e verdadeiramente saído de mim, por motivação de minha parcela divina, na motivação de fazê-lo e, transpondo-o profissional e conscientemente, será o melhor que posso fazê-lo.
Preciso escrever todos os dias! Não como uma catarse de libertação, mas como uma alegria que faz parte de meu Ser, como uma missão que tenha assumido e preciso cumprir para ser feliz e sentir-me feliz em executá-la diariamente, na comunidade que me cerca. Sem contar que desses textos é preciso ocorrer uma satisfação maior para e ele sejam exatamente o melhor que pude fazer e quê, ao leitor que o pegar, seja quem vai sentir-se melhor ao lê-lo, do que eu quando o escrevi.
Aí estará minha missão realizada. Meus textos, minhas narrativas, meus contos têm que ser tão coerentes, perceptíveis e aceitáveis quanto minha alegria genética de escrevê-los. Serão para alguém, que nem preciso saber quem seja, mas que ela tenha a sensação de acreditar estar lendo a melhor narrativa encontrada para aquele instante de introspecção e aculturação que precisa.
Assim, quando eu concluir a escrita e der por encerrada a narrativa, mesmo após todas as revisões que se fizerem necessárias, me venha uma sensação da melhor forma que me foi possível executá-la. É preciso que meus textos sejam tão fluentes que eu próprio tenha a certeza que eles vieram do mais íntimo de meu Ser e causem o melhor sentimento de gratidão que possa ocorrer ao futuro leitor que, por qualquer razão o procurou lê-lo; pois, acima de tudo a minha inspiração veio de quem, no Universo deseja que eu o faça na transmissão daquela idéia narrada e exposta, na contextualização da estória. O enredo não é preciso que seja em determinada época, passada, presente ou futura; não que seja para determinada idade ou gênero literário, mas, acima de tudo, que seja coerente e de uma fluência de entendimento capaz de satisfazer um contexto narrativo no corpo da ficção que minha simbiose Energética haja criado para alegria dos leitores.
Outra coisa a deixar bem claro: não estou pensando em escrever por diletantismo amador, quero e sou um profissional da escrita e aí está minha razão de ser escritor.
Que meus textos tenham a capacidade de dar-me condições morais, mentais, físicas e contextuais de fazê-lo o melhor que me proponha escrever, sem esperar um retorno ilusório, tão comum e inibidor em tanta gente que escreve.
Que minhas estórias sejam daquelas que façam os leitores lê-las até o final por se identificarem com o quê escrevi; mesmo que esse leitor seja eu próprio e ser aquilo que se espera do texto. Não quero sofrer de ansiedade nem de frustrações por ter escrito coisas chatas, descrentes e incoerentes, nem tampouco que seja cansativa e dolorosa a minha atitude por cumpri-la da melhor forma possível e ter escrito no contexto certo naquela hora; contanto que nunca me sinta com orgulhoso, vaidade ou ufanismo por algo que fiz com a transcendência da sobrevivência e alegria em tê-la feito.
Que não haja vacilações nem momentos de dúvidas durante o ato de escrever, pois as idéias que me fluem (já que sou apenas um meio) sejam capazes de serem aperfeiçoadas posteriormente, sem que isso altere ou desvirtue sua contextualização narrativa durante as revisões posteriores, contanto que exista coerência e coesão em suas construções literárias, satisfazendo o leitor.
Só assim, poderei crer em mim mesmo como missionário divino das estórias que me sejam inspiradas por essa genética transcendental a que estou subordinado: a Divina Energia que vibra em minha volta e em meu interior.
Há tanta coisa pra contar... Continuemos, pois!
Yvaniokunha
[05:11’ de 31.05.2006
Calmas/Al,]