RETORNO
A barata desfila pela parede
A cobra descansa debaixo do sofá
A aranha espera o mosquito cair na teia
Batidas na porta
Que dá para o lado do quintal
Boa noite!
Sou eu
A sombra da morte viva
Vim te buscar
A lua está bela
Abra a porta
Que eu vou entrar
O silêncio tomou conta
A vela foi apagada
A barata correu e se escondeu
A cobra saiu na disparada
A aranha não esperou o mosquito
No espaço soou o silêncio do infinito
Nem gemido
Nem grito.