I-XXXIX Jaezes de vida e morte
Brisa que entra pelas janelas fechadas,
que estrala as escadas que ninguém passa.
Assim ouço sem ter quem fale,
e fecho portas abertas por almas passadas.
Por que as abre se não as precisa?
Por que preserva as mãos se segurar é em vão?
Preserva o ódio faltando-te expressão,
e me atinge sem ser eu quem te reprime.
Muito choras pois, além de ódio, mágoa te aflora.
E o espero voltar quando dizer que zarpará,
pois sempre esquece-se de que jaz.