IMIGRANTES

Matas gigantes, homens fortes,

Que deixam teu âmago

A procura de sorte.

Nos lábios o sorriso, nos olhos esperança,

Esquecem o risco, sonham com bonança.

Querem trabalhar, mas trabalho não há,

As mazelas da vida começam a brotar.

Oh matas, chama teus filho,

Mostra a tua força,

Mostra teu brilho.

O brilho do sol, da lua, do verde,

Tire-os da rua da tal capital.

Abraça-os forte, ensina a ver-te,

Como mãe protetora, que os livra do mal.

Eles voltarão com sorriso no rosto,

Se essas coisas por ti forem feitas.

Caso contrário alguém assumirá o teu posto,

E tu serás a mãe que ao filho enjeita.