Desistir do julgamento.
Julgamento justo é uma capacidade ilusória, pois não a possuímos.
Devemos desistir do julgamento com um suspiro de gratidão, pois abdicar do julgamento é também abdicar da preocupação.
Desistir do julgamento é desistir de algo que não temos, por isso, desistir dele não é nenhum sacrifício.
Toda a feiura que vê à sua volta é consequência do julgamento.
Toda a dor que contempla é o seu resultado.
Toda a solidão e o senso de perda, do tempo que passa e da desesperança crescente, do desespero doentio e do medo da morte; tudo isso veio do julgamento.
Não somos capazes de estar inteiramente ciente, em uma escala inconcebível, de coisas passadas, presentes e por vir.
Não somos capazes de ter uma percepção sem nenhuma distorção.
O julgamento justo sempre nos foi impossível.
Desistir do julgamento é se tornar mais honesto.
O único julgamento que pode existir não é um julgamento por nós mesmo, mas um julgamento através de nós mesmo, e que é sempre único:
“O Filho de Deus não tem culpa e o pecado não existe.”
Embora tu não tenhas discernimento para efetuar um julgamento coerente, há Alguém contigo cujo julgamento é perfeito.
Ele conhece todos os fatos passados, presentes e por vir.
Ele, na verdade, conhece todos os efeitos do Seu julgamento sobre todas as pessoas e todas as
coisas que, de alguma forma, estão envolvidos com esse julgamento.
E Ele é totalmente justo para com todos, pois não há distorção na Sua percepção.
Assim sendo, quando sentires um irresistível desejo de julgar, diga a si mesmo:
Não posso culpar ninguém de nada, pois o Filho de Deus não tem culpa e o pecado não existe.
Por favor, santo espírito, me calo para que julgue amorosamente através de mim.
"manual do professores - Um curso em Milagres."