O que me sobrou...
"Ainda há pouco me vi recolhendo os cacos do que me sobrou; permito-me cortar os dedos, sentir a dor de um ferimento naquele momento, a me maltratar também a alma. Permiti que algo além do meu controle acabasse tomando uma forma desconexa e sem sentido. Mas mesmo assim vejo sua face, a trazer as memórias dos momentos que insisti passar ao seu lado. Poucas foram as horas. E me vi caindo no vácuo do sombrio, as mãos do desespero a me tocar e puxar meu coração novamente para o abismo.
Não, nem posso ir ou desejo ir. Apenas sei que não me é permitido o sentir, e o ficar."