A carta que nunca será
"Ontem eu te vi, linda como só eu lembro."
O ímpeto dessa mensagem não se encontra dentro de mim, mas no momento em que ela ocorreu.
Disseram que você até podia zomba-la, se eu a deixasse chegar até você. Do que vale? Se não chegar, ela existiu? (Não podia deixar o espelho lacaniano tão uni-verso) A zombaria dura quanto, quando, pouco mesmo nós duramos?
Acho que a única honra que eu sempre tive foi sempre ser fiel a mim mesmo. Mesmo ingênuo/bobo/ ou até inútil, às vezes. Deixo aqui então esse relés, aleatório, excerto para ti. Espero que não te seja uma importunação, leve ao menos como um inesperado entretenimento.
Não a tome como declaração, chamado, nem mesmo proposição. Ela é o que é e nada mais.