"Se não tiver amor, nada serei"
O ser-algo, que é a estruturação lógica, é o esse na ânsia de deixar-se, isto é, tornar-se isso. Porém, como ela não pode ter definição, pois obnubilada de sua natureza seria, para ele essa não pode ser uma. A natureza do ser-algo, que é a Imaginação, é essência em nomes. Tudo isto jaz algum. Se estipularmos daqui o Ser, ele seria vazio, seria o tudo, nada, o indefinível. Todo este processo não subsiste por si, pois o processo de tese e antítese, mostrar-se e ocultar-se (se dar apenas no devir) é de total aniquilamento, dito tudo isto, nada sobraria. E por mais que o indivíduo tente a síntese fazer, haja vista, Hermes nos ser o símbolo, sempre haverá o não-idêntico como resultante de todo o processo. A impossibilidade de implicarmos o não-ser no Ser é a razão insuficiente. Se da questão quisermos um todo fazer (Alétheia de Heráclito, tendo em conta, "a realidade é eterno devir, pois flui constantemente" _ Panta Rhei), teremos a implicação do tudo no todo e o desencadeamento do algum até o sujeito, perante o exposto e, neste âmbito, Deus.
Tendo em vista o Real e o Ser, tenha-se em vista, que o Ser está para além da mera síntese dos conceitos, deparamo-nos com nossa inerente e permanente condição, que é Hermes (adendos: a forma primitiva é Há-er-me-ya, as onomatopeias são há-er e her representa o espírito) sermos, ou por outra, o mediador entre o não-ser e o Ser. Tal certeza que provém do coração é reforçada pela experiência de razão vital, tudo o mais pertence ao campo da razão, e não da supra-razão.