I-XXXIII Jaezes de vida e morte
As vezes que evoquei seu nome,
confesso, não tive fé.
Temi estender tempos que nada servem.
Oro por cautela, por alguns dias, não muitos.
E se, com o pouco, ter eu alguma certeza,
livre-me, então, das marcas que me remetem à demência.
Que eu toneladas pese,
suficiente para ter de Sansão ambas as suas mãos.
Que eu ocupe seu tempo e lhe atrase os sonhos.
Que seus fios testemunhem as besteiras que me consomem.
Quero gabar-me dos meus medos e rir de seus animais.
Quero dizer que o que diz é mentira, justificada por coisas banais.
E terei sempre razão, pois o que tens para dizer de ti, tens guardado para si.
Em vão.