LACUNA

A calmaria, a paciência, a harmônia, a lucidez sejam minhas companhias. Quero sempre  ser amigo da paz!

Minha humanidade finita, hora deixa-me, ou melhor em segundos, o impolso em relâmpago foge da luz, a razão.

Paro, abandono-me, largo-me em pensamentos; em buscar e voltar a quem eu sou; que devo ser, referência.

O ímpeto vociferante, em momentos agudos, como uma espada samurai, ilustram angústias, decisões mal resolvidas, carregadas em raiva, ódio; incompreensão, insensibilidade.

Em pensamentos perdidos, sou caçador, sou fera, atroz; sou um monstro sem saciedade, foraz.

Retorno-me, abro os olhos, ou em olhos abertos, recordo-me que preciso ser gente. Mesmo nas limitações, errôneo, quero sempre acertar, e pedir perdão, pela qualidade que ainda não tenho: doce e manso. Sou um eterno caçador de mim!

Carlos A. Barbosa.

In: Dominador de pensamento/Impureza do homem. 2022.

Carlos Alberto Barbosa
Enviado por Carlos Alberto Barbosa em 21/04/2022
Reeditado em 22/04/2022
Código do texto: T7499891
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