A mentira: eterna herança
O olhar da cor do céu sem nuvens
Oferece a ti sol de campo de medo
Juras rente aos bacilos dos esgotos
Onde virará o eterno bruaca escrota.
A testa temida se aquece no tempo
Invoca-se em meio ao néscio gênio
Estiola na fossa o abjeto do espírito
Em vícios rasos se enxágua na lama.
Ao tornar-se desgraçado na memória
Requer o obtuso a pluma em pedaços
As costas ecoadas de uns nus martírios
Introduzem mais angústias ensopadas.
No cárcere as nuvens de dia são grises
No escuro nefando o sorriso sardônico
A boca traga os desequilibrados desejos
Presos à mente na aversão dissaboreada.