A mentira: eterna herança

O olhar da cor do céu sem nuvens

Oferece a ti sol de campo de medo

Juras rente aos bacilos dos esgotos

Onde virará o eterno bruaca escrota.

A testa temida se aquece no tempo

Invoca-se em meio ao néscio gênio

Estiola na fossa o abjeto do espírito

Em vícios rasos se enxágua na lama.

Ao tornar-se desgraçado na memória

Requer o obtuso a pluma em pedaços

As costas ecoadas de uns nus martírios

Introduzem mais angústias ensopadas.

No cárcere as nuvens de dia são grises

No escuro nefando o sorriso sardônico

A boca traga os desequilibrados desejos

Presos à mente na aversão dissaboreada.

Cromeu
Enviado por Cromeu em 19/04/2022
Código do texto: T7498433
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