Neuróticos criadores de contratempo

Desalmados estão os corpos

Pelo não essencial

Acorrentando-se no amor ás avessas

E na mesquinhez fora do normal

Fantasiosos são os dramas

Que os distanciam da vida real

Somatizando as cristalizações e contratempos

E se aprisionando no que é banal

Dissolvem suas energias

Na tela mental do irreal

E deixam de viver no "aqui e agora"

Que não há nada igual

E na regência das inconsciências

As almas hão de sucumbir

Pois, onde não têm abertura para a luz

É a intermitente sobras das sombras que vão refletir

Corrompidos pelo ensimesmamento apático

Vivem um imenso mártir

E no marasmo da existência

Desviam-se da linha evolutiva do porvir

Submersos nas "adversidades dos paradoxos"

Alguns não percebem a lição

E por não "verem para além"

Entram no mar da re-cla-ma-ção, sem ação

Atentem-se com as virtudes grosseiras

Que estão impregnadas em nós e reverberando em toda nação

Nos concedendo a morte diária

Com mui escassez de empatia e compaixão

Carecemos nessas alturas

De "Alma", cura em conjunta e ressignificação

Precisamos de muita coragem

Para seguir o que é sussurrado pelo nosso sagrado coração ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 17/04/2022
Reeditado em 17/06/2022
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