Os dois caminhos.

Um tempo atrás me vi em um lugar alto de onde se via dois caminhos. E ao meu lado um mestre me dizia com uma certa tristeza, que os caminhos estavam ocupados e alugados aos mal senhores, ou seja, senhores de interesses próprios. Pus-me então a meditar na busca de entender o que o mestre queria me mostrar naquele simbolismo.

Hoje depois de muito estudar e de muito meditar cheguei à seguinte conclusão. Um dos caminhos representava as religiões que regem bilhões de seres humanos, e o outro era ciência, mais particularmente a política.

As religiões se tornaram um rol de fanáticos, que mal sabe a quem e ao que seguem. Umas se vestem de uma imagem espectral de paz no si mesmo, outras se vestem na brancura enodoada duma santidade egoísta. E então o caminho se queda alugado e vendido nas superstições e nos medos que escravizam a alma, congelando a sua evolução que a sabedoria poderia premia-las.

A ciência política que deveria agir para o bem-estar comum da humanidade e das vidas que povoam o planeta. Se perdem se vendem mergulhando seus participes no lodo pegajoso da corrupção. Onde a maioria se diz democrática, mas o povo come o que os politiqueiros querem, bebem a água suja do tráfico de influências. E seguem gerando leis que os beneficiam.

E os caminhos invés de ser ladrilhados com o conhecimento e com o autoconhecimento e com a vida. Se tornam estreitas vias sem rumo, sem norte. E a cada manhã os risos falsos, as amizades queridas que só querem a si mesma se faz presente roubando vidas, matando esperanças.

É preciso haver mudanças, e para que tal aconteça se faz preciso se autoconhecer, negar o si mesmo fazendo da religião um verdadeiro religare, fazendo da política uma real democracia, onde o “demos” é o povo, e o “kratia” poder, é do povo. Mas um povo que ama e respeita o próximo, um povo que põe o bem-estar alheio à frente do seu.

Deixando de lado a magricela ganância que nuca se sacia, e numa real evolução entender que todas as vida deste planeta estão ligadas, e se uma vida é ceifada outras vidas morrem juntas. E a grande missão humana é: “Limpar os caminhos que a muito estamos a poluir com os nossos eitos, preceitos e preconceitos egoístas e egocêntricos”.

Que cada um de nós se autoavalie e faça a sua parte.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 14/04/2022
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