Melancólica

Desconectada de mim, um corpo vazio em busca de um alento.

Em certos momentos, nem mesmo eu tento.

Fico inerte...em silencio, sozinha e mais nada.

Boiando num lago, sentindo no ouvido a água passar

O reflexo do sol a iluminar - Ali eu queria morar.

Me sinto mal pelos que amo, parecer que não os quero a minha volta.

Mas não aguento o drama, as palavras...as mentiras.

Eu sinto como se meu corpo adoecesse. Frio, calafrio, demência.

Onde está minha essência?

Fui tão longe e agora não quero voltar, meu peito grita de desespero ao acordar.

Não desejo a morte, mas já não me parece tão ruim.

Melancólica inveterada guardei comigo a sensação do sol nas manhãs da infância,

o cheiro da terra e brisa gelada nas tardes de outono.

Bem aí...nesse ponto que eu quero estar.

Sozinha, vendo as árvores se balançar numa rua extensa e vazia.

Eu tinha medo de crescer, mas foi preciso.

Agora, apenas existo.

Sinto extinto dentro de mim o meu Ser.

Ellissa
Enviado por Ellissa em 12/04/2022
Código do texto: T7493489
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