Melancólica
Desconectada de mim, um corpo vazio em busca de um alento.
Em certos momentos, nem mesmo eu tento.
Fico inerte...em silencio, sozinha e mais nada.
Boiando num lago, sentindo no ouvido a água passar
O reflexo do sol a iluminar - Ali eu queria morar.
Me sinto mal pelos que amo, parecer que não os quero a minha volta.
Mas não aguento o drama, as palavras...as mentiras.
Eu sinto como se meu corpo adoecesse. Frio, calafrio, demência.
Onde está minha essência?
Fui tão longe e agora não quero voltar, meu peito grita de desespero ao acordar.
Não desejo a morte, mas já não me parece tão ruim.
Melancólica inveterada guardei comigo a sensação do sol nas manhãs da infância,
o cheiro da terra e brisa gelada nas tardes de outono.
Bem aí...nesse ponto que eu quero estar.
Sozinha, vendo as árvores se balançar numa rua extensa e vazia.
Eu tinha medo de crescer, mas foi preciso.
Agora, apenas existo.
Sinto extinto dentro de mim o meu Ser.