Noite.
É noite,
suave escuridão que passa sobre tudo. Os seres das trevas aos poucos despertam.
Grilos e sapos,
a sinfonia noturna se intensifica à medida que mais deles se juntam à orquestra da madrugada.
A coruja,
do alto de um galho seco observa a festa que se dá em plena mata, alcançando a madrugada.
Sou apenas solidão,
assim como a vigilante das madrugadas eu também observo. Não do alto da árvore seca, não em uma mata, mas, do alto da minha sacada, na selva de concreto e aço.