REFLEXÃO DE UM MENDIGO

Eu, um mendigo "qualquer",

sentado ao chão

mesmo sem pão

alimento meu cão

com compaixão,

recebo julgamento

social à condenação,

amargo o frio

da solidão

com brio,

talvez apenas a mim

faça mal e não

a outro cidadão.

Faço agora uma comparação,

sou taxado

de mendigo,

excluído

pelo poder da aparência,

sem condição

e solitário

tenho mais benevolência,

qual humano,

maior riqueza

e nobreza

que um maior representante

soviético,

totalmente

antiético,

milionário,

poderoso,

asqueroso,

apresentável,

"sociável",

porém sem coração,

nocivo à razão,

matando inocentes.

A esse prepotente

sim deveria haver uma execração,

pois esse sim é ser desprezível,

não eu, um medigo "invisível",

mereço mais atenção

da sociedade

e consideração,

mais que um suposto ser influente,

demente

e presidente dessa nação,

desumano e

sem noção.

Infelizmente

tem gente

que nem sente

a necessidade de reflexão

do que é viver do aparente,

mesmo diante dessa situação.

Mais uma inversão.

Qual o melhor representa o

mal social,

qual o mais deprimente

a se ter em conta numa relação?

Qual mata tanta gente com sua decisão?

Sendo coerente,

eu, esse mendigo,

sou muito mais decente

que esse presidente.

Roberto Jr
Enviado por Roberto Jr em 01/04/2022
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