SOBRE O AMOR QUE SE FOI
Feito o fio da navalha que corta a carne, a ausência do amor distante é a pedra que afina o corte, que dilacera o coração nas horas de espera que nunca chega ao fim, feito assim, algo a remoer dentro da gente, um relógio teimoso que parou seus ponteiros na parede amarelada pelo tempo, em silêncio, por não saber escutar a voz que se foi a ecoar pelo mar da saudade permanente.