TRAUMAS

TRAUMAS

Com o traumatismo ucraniano, esquece-se o trauma petropolitano, o sul baiano, e tantos outros anos em que vivemos uma guerra sem quartel, contra um inimigo interno; quem? Nós, que vivemos a dar nós,

a maioria cegos, deixando tudo num “tá ruço”, não necessitando daqueles com dois esses. Matamos mais que guerras, destruímos mais que mísseis, agredimos velhos, mulheres, crianças, roubamos presentes e futuros, mentimos descaradamente criando narrativas de “gente cordial”, escondemos o lixo do preconceito e da exclusão sob tapetes surrados e sujos. Descaradamente discursamos belezas, que são só da natureza. A nossa natureza é vil, daí sermos um país grande e nunca seremos um grande país.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 18/03/2022
Reeditado em 18/03/2022
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