I-XXVII Jaezes de vida e morte

Soas como um trovão, partindo minha realidade.

Minha mente não tem sido a mesma desde que substituíste meus amigos.

Tens sido um clarão, mostrando-me o lado bom desta cidade ter um fim.

 

O verão passou por aqui, e desta vez não encontrei seus sinais.

Tenho saído com o Sr. Paul Sartre enquanto penso nos prêmios do mestre Pamuk.

Espero ter o que quero no fim de tantas palavras.

Espero não encontrar o que equivocado me faça.

Assim perambulo pelas obras, sem hesitação, apenas por não suportar um não.

 

Caímos como relâmpagos, cansados de tudo já inventado.

Ambos restaremos, e apontarei a você a culpa de nos conhecermos.

Voltarei aos céus por asas alheias, preservando um pequeno rancor,

para lembrar-me das vidas que acabaram antes dos dias curarem a dor.

Murilo Porfírio
Enviado por Murilo Porfírio em 10/03/2022
Reeditado em 10/03/2022
Código do texto: T7469401
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