Disparatos de saudade
A cada dia entendo a saudade como sufocante.
E quando penso que um coração partido não pode ser partido mais e mais vezes, descubro que assim como os átomos, existem subpartículas, "sub-pedaços" a serem minados a cada dia.
A saudade é doída porque quando se sente não pode resolver quando se trata de objeto impossível, seja ela distancia física, emocional e prática, seja pela distância a nível de existência.
Mas a saudade aperta como um nó cego que não será desfeita, só resta jogar o laço fora ou guardar nas recordações.
Não há o que fazer, o que dizer, as circunstâncias de quem sente saudade nunca dependem de sente, se dependesse não haveria o referido sentimento.
Diz um cantor que não faltam nomes quanto o assunto é ausência, concordo, realmente não faltam.
O que falta é ausência, sem risco de pleonasmo.
Ninguém entende saudade a não ser quem sente.
É oito ou oitenta, extremos, preto ou branco. Explico: ou você a mata ou ela te mata.
E de certa forma, ela te mata enquanto de te faz viver.
Mas talvez, as coisas não sejam como são.
Ou elas são o que são, e mesmo sem solução, há resolução.
Só resta sentir, seja lá o que fora, a saudade sempre estará aqui.