Uma Universidade de Milão cancela um curso sobre Fiódor Dostoiévyski e depois volta atrás. Um dos principais nomes da literatura russa, romancista, filósofo, jornalista e pensador, morto há 141 anos.
Um teatro em Gênova também desmarcou um festival dedicado ao autor de Crime e castigo.
Fora isso o boicote geral do mundo, como se atletas, jogos e demais atividades tivessem culpa das atitudes de um presidente e de uma guerra que não começou agora, apenas culminou diante de uma ameaça maior.
O mundo se abestalha e se rende a uma mídia que estupra os ouvidos dos desavisados para que nasçam verdadeiros idiotas.
Antes que eu me esqueça, não estou defendendo nenhuma posição, sou completamente contra guerras. Acho apenas que certas atitudes não condizem com países ditos de primeiro mundo, a saber, cancelar um curso ou uma apresentação sobre um importante nome da literarura russa por causa de uma guerra que nada tem a ver com conhecimento histórico, literarura e demais atividades de um país.
É como se o Brasil entrasse numa guerra onde teoricamente estaria errado e o mundo deixasse de estudar Paulo Freire. Peralá! Isso não é boicote, é burrice.
O mundo fede, mas Fiódor não tem nada a ver com isso.
Taciana Valença