I-XXV Jaezes de vida e morte
Astro quente que me expulsa da toca, mal fugi de ti e corri de volta.
Escondi-me com aconchego perguntando-me se esse era mesmo o mundo que conheço.
O que não gosto e sou grato.
O que, fazendo mal, torna-me maturado.
Vivi o delírio de ter prazer onde não gosto.
E consciente da loucura que sou dono, questiono se tive o que vivi.
Foi-se pior que paixão súbita, foi-se sem despedida, sem decepção e sem briga.
Cem eu mataria por ter-te sem que se extingua.
Assim caio dos céus carregado de cobiça, esquecendo-me da esperança que me movia.