Foi real? Um sonho?

Ele olhou para mim e soltou um sorriso largo, vou confessar que meu coração só falta saltar pela boca ao vê-lo, há meses não nos víamos, eu só tenho vontade de abraça-lo e pedir para não sair mais de perto de mim, meus olhos chegam a lacrimejar de tanta felicidade ao vê-lo.

Estávamos em seu quarto, achei um pouco diferente do habitual, está com algumas colagens nas paredes e tudo me impressionava, nunca vira nada parecido (era uma mistura de fotos de pessoas importantes e suas atuais conquistas).

Olhei de canto de olho e lá estava ele, extremamente lindo, colando uma gravura na parede — fixei o olhar para ver o que colava, era a sua última conquista. — soltei um sorriso.

— Que orgulho dele! Orgulho de vê-lo conseguindo tudo o que tanto anseia, com tanto mérito e êxito. Só queria dar-te um abraço e os parabéns! — falei em pensamento.

Ele avistou-me. — soltei um sorriso de canto.

Foi quando outras pessoas chegaram próximas a ele e nossos olhares se desencontraram, nos perdemos no meio daquelas pessoas.

Avistei uma rede logo a frente e deitei.

Ali deitada, senti algo chegando próximo debruçando por cima de mim, virei-me para trás... E adivinha quem era? Isso mesmo, ele.

Fez um carinho no meu cabelo e sentou ao meu lado na rede.

Com um sorriso largo, aninhou-me em seus braços e beijou-me a face. (Nesse instante eu só queria que o tempo parasse e eu pudesse cultivar aquele momento o máximo possível).

Sentia o seu beijo e sorria de tanta felicidade.

Foi quando ele prontamente me surpreendeu.

— Te amo! — falou-me ao pé do ouvido — e beijou-me o lado esquerdo do rosto.

Paralisei e voltei meu olhar para ele quase que instantaneamente.

— O que você disse?! — indaguei — fiquei corada.

Ele sorriu.

— Te amo! — repetiu.

Enquanto ele falava mirei apenas nos seus lábios para ter certeza do que escutara (ele realmente falou me amava) o coração disparou, o estômago começou a revirar de um jeito esquisito, estava surpresa e radiante de felicidade ao escutar aquelas palavras.

Timidamente olhei em seus olhos.

— Também te amo! E soltei um sorriso tímido.

Ele me puxou para perto.

Me beijou.

Aquele momento foi simplesmente sublime. Senti como se tivesse borboletas serelepe no meu estômago, eu só queria que aquele momento durasse uma eternidade.

Ele olhou para mim. Eu o olhava de volta de um jeito tão bobo.

— Estava distante, mas eu sou apaixonado por você — falou baixinho.

Meu coração acelerou, por um momento senti que meu corpo saíra de mim, só sentia os batimentos do meu coração.

Ele me deu um beijo rápido, levantou, me deixando sozinha na rede. Meus olhos o acompanharam.

Deu meia volta e se posicionou de frente para mim.

— Eu entendi todas as suas indiretas — ousou em falar — sorriu e piscou para mim.

Eu o fitei fixamente.

— Ainda bem que você entendeu — soltei um sorriso largo.

Foi quando tudo começou a ficar turvo...

E... Acordei...? Foi real...? Um sonho...? — suspirei.

Estranhamente desde o dia em que o conheci, vez ou outra ele vem me visitar. Dizem ser vontade reprimida ou saudade, talvez...

A minha vontade de poder revê-lo, não cessa — tenho muitas vontades súbitas de encontra-lo.

Queria ter a dádiva de poder sentir e escutar pessoalmente, através daqueles lábios o que me dissera... É o que meu coração anseia. — Suspiro profundo