ANVERSO
No anverso do meu verso
desliza letras sob meu silencio.
Calada, borbulham meu pensamentos gritantes!
Ecoa no universo meu grito mudo...
Não me ouve?
Minhas letras não lhe ferem os olhos
ou lhe convém ignorar minha súplica?
Ai de mim tão solitária na multidão!
Ai de mim, do meu sorriso franco tão carente de verdade!
Em farrapos, maltrapilha, deixo rastros
pedaços meus
no anverso do meu verso.