O coração padece
São as lembranças, os bons momentos, paixão que ficou no ar. Os olhos, a boca, os abraços, o cheiro impregnado na roupa. Foi ventania, brisa fraca – que passou e deixou saudade. Ficou só à vontade. Então, parei, lembrei desse sentimento, sempre que ocasionalmente – quando fecho os olhos, o coração padece. E tem sido presente em pensamento, desde o dia que pude rever, passa um filme na cabeça, será coincidência ou o destino fazendo exigência. Aquele rosto parado na minha frente, não me dava oportunidade para pensar em nada, quanto mais eu fujo, eu acabo me entregando mais. O abraço aconteceu – por um minuto pude sentir, um momento que não teria fim, por mim, seria a eternidade. O perfume, pude sentir – aquele cheiro inesquecível, então viajei nos seus trejeitos. Foi quando aqueles braços me soltaram, e aquele cheiro ficou na pele. O tempo passa, o mundo gira, pessoas surgem em nossas vidas, mas, minha loucura chegou ao ápice (saudades eu sinto). É fresca, é suave, uma fragrância que transmite uma sensação de conforto e leveza – e assim o cheiro que não consigo parar de sentir. E bate a carência, o cheiro perturbando a consciência e o coração vai padecendo...