Verdade II

Zeca pagodinho canta, em uma música maravilhosa, que "Descobri que te amo demais/ Descobri em você minha paz/ Descobri sem querer a vida/ Verdade…"

O que Zeca não cantou junto com essa música é que a verdade nem sempre traz essa paz.

Reitero e vou repetir a exaustão: nem sempre a verdade é paz. Embora ele esteja certo que descobrir o amor é descobrir a vida.

A compressão da verdade é a compressão de si mesma, do interior e dos propósitos e do amor em sentido abstrato.

Mas a verdade exige enfrentamento e encontrar em alguém a paz é uma responsabilidade infinda.

E há tantas verdades. Tantas coisas que precisamos fazer, dizer. Tantas perspetivas. Tantas conversas adiadas.

Embora a verdade não seja a paz, é sempre a melhor escolha. E paz não é um ambiente sem combates, mas sim da força para resistir a batalha, persistência em ganhar a guerra.

Mesmo com a vontade, o sonho e paz, dependem da verdade. Depende de dizer, como diz a letra, tudo que se está disposto a fazer, a ir atrás da paz, para quem sabe torna-la verdade.

Verdade é ir atrás do que se quer, ainda que o caminho seja diverso do atual. Mudar toda a rota porque houve desvio daquilo que você realmente quer. E se deu conta. E não é tarde demais.

Pois afinal, verdade é amor. Assim como não há amor sem saudade, não há amor sem verdade.

Tamyrys Hadassa
Enviado por Tamyrys Hadassa em 14/02/2022
Código do texto: T7451657
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.