Olho um mundo e vejo outro
Vejo o mundo de ponta cabeça! Será que é o mundo que está de ponta cabeça ou sou eu que estou de ponta cabeça nesse mundo veloz.
Interessante como no meio de uma mata, dois meninos do interior se penduram em um cipó e num balanço de liberdade, se lançam no meio das águas geladas de uma lagoa formada por uma cachoeira de três tombos. Aquele mundo que parecia parado no tempo, se torna veloz com a invasão dos meninos , que colocaram aquele espaço, seja da natureza ou do tempo, de ponta cabeça em suas brincadeiras. Um voo e um mergulho tão rápido num espaço e tempo que continuam aparentemente parado. O movimento e o barulho das águas da cachoeira, abafam e apagam o som dos gritos de felicidade dos meninos como se nada tivesse acontecido, como se nem estivessem passado por ali e tudo continua.
Queremos uma velocidade no mundo que não podemos acompanhar, essa velocidade que me põe de ponta cabeça, já que, se tudo é tão veloz, então por que acontece tão devagar, quase parado.