O Homem, esse ser imutável
Fazendo uma dobra no tempo, podemos dizer que há 2000 anos o filósofo romano Sêneca (sem diploma da PUC) avaliou os ministros do Supremo Tribunal Federal que, embora não pareça, todos têm diploma de nível superior.
Ele disse:
“A percepção que temos das crianças, o sábio a tem de todos os homens, que, mesmo depois da juventude e da velhice, permanecem na infância. Acaso progrediram esses homens cujo espírito é enfermo e cujas deficiências aumentaram enormemente, os quais diferem das crianças somente pelo tamanho e pela forma do corpo, sendo de resto não menos volúveis e inseguros, com uma sede indistinta de prazeres, nervosos, inclusive pacatos não por temperamento, mas por temor? Ninguém poderia dizer que entre eles e os meninos há diferença porque estes são ávidos por dadinhos ou nozes e por pequenas moedas, e aqueles, por ouro, prata e por mesas circulares; porque estes, entre si, fazem-se de magistrados e imitam a toga pretexta, os fasces e o tribunal, e aqueles praticam a sério as mesmas atividades no Campo de Marte, no foro ou na cúria; estes, na praia, com montes de areia constroem castelos, e aqueles, como se estivessem realizando algo importante, ocupados em erguer pedras, paredes e tetos, transformaram em risco abrigos criados para a proteção de nossos corpos.”.