SENSIBILIDADE ALÉM DO MUNDO MECÂNICO
Em um mundo mecânico e utilitário, ser senvível é um modo sutil de perceber as coisas, com mais profundidade e delicadeza, ainda que não haja muita abertura para sentimentos reais, sendo esperado comumente que as pessoas se comportem como robôs sempre produtivos no injusto mercado de trabalho, consumistas e meros repetidores de padrões sociais, sofrendo muitas vezes por dentro, mas sempre sorridentes por fora. Para os mais sensíveis, entretanto, essa hipocrisia social crônica tende a ser bastante cansativa, sobretudo porque a sensibilidade é ainda rodeada de muitos preconceitos, sendo mal interpretada muitas vezes como "frescura" ou "chatice", entre outros rótulos equivocados.
Mas diversos estudos de neurocientistas e de psicológos contemporâneos têm demonstrado que a sensibilidade é uma característica com fortes componentes genéticos, incluindo, entre outros aspectos, maior captação de estímulos externos e maior profundidade de processamento desses estímulos, sendo fatores neurológicos bastante específicos, com os quais, evidentemente, ninguém escolheu nascer. O que podemos fazer é aprendermos a conviver melhor com a sensibilidade, desvinculando esse traço de qualquer suposição errônea e utilizando nossos pontos fortes com mais tranquilidade e assertividade, como preleciona a autora Elaine Aron, em seu livro abaixo indicado - "Pessoas Altamente Sensíveis", constituindo uma obra bastante esclarecedora e de leitura elucidativa. Desse modo, jamais devemos encarar a sensibilidade como "frescura" ou defeito a ser corrigido, mas como um traço importante no desenvolvimento humano.
Fonte da imagem - citação:
---