As duas Faces do Mar
Óh mar de ondas branquinhas
Óh mar de ondas gigantes,
Em seu vai e vem incessante
Inspira os poetas e os amantes
E quando o sol vai se pondo
Num instante de calmaria
Deixa seu rasto na areia
Anunciando o fim do dia
À noite o barulho do mar
Quebra o silêncio do sonhador
Que arrisca palpites em seus mistérios
Segredos que guardam o ódio e o rancor
Do navio de guerra com a viagem incerta
Guerrilheiros que partem por uma missão
Derramam o sangue por sua pátria
Trocando tiros com o próprio irmão
O que pensar de um soldado
Que volta pra casa com honraria
Por ter afundado um navio inimigo
Inocentes vidas, reconhecia
Se a medalha vem com a morte
Jamais quero esta honraria,
Tenho paz em meu coração
Estou com Deus em sintonia...