António Gramsci e Olavo de Carvalho
O filósofo marxista António Francesco Gramsci afirmou que:
“É preciso destruir o preconceito, muito difundido, de que a filosofia é algo muito difícil pelo fato de ser a atividade intelectual própria de uma determinada categoria de cientistas especializados ou de filósofos profissionais e sistemáticos. É preciso, portanto, demonstrar preliminarmente que todos os homens são 'filósofos', definindo os limites e as características desta 'filosofia espontânea', peculiar a 'todo o mundo', isto é, da filosofia que está contida:
1. na própria linguagem, que é um conjunto de noções e de conceitos determinados e não, simplesmente, de palavras gramaticalmente vazias de conteúdo;
2. no senso comum e no bom senso;
3. na religião popular e, consequentemente, em todo o sistema de crenças, superstições, opiniões, modos de ver e de agir que se manifestam naquilo que geralmente se conhece por 'folclore'.”
Algumas pessoas insistem em afirmar que o escritor Olavo de Carvalho é um completo farsante, principalmente no quesito que mais as incomodam, ou seja, o de filósofo.
Com base no pensamento de António Gramsci podemos supor que se ele fosse vivo, apesar das profundas diferenças de pensamento, provavelmente não condenaria Olavo de Carvalho como sendo um pretenso filósofo.
Os maiores críticos de Olavo, muitos dos quais não conseguem falar nele sem demonstrar raiva, estão divididos em dois grupos principais:
- os que têm alguma influência marxista e
- os que nunca leram seus livros, não conhecem nada do pensamento dele e têm alguma influência marxista.
Tais críticos deveriam se inspirar em Gramsci, um de seus inúmeros gurus, e pelo menos moderar um pouco a inveja que sentem de um homem que adquiriu tanto conhecimento sobre assuntos diversos sem ter o quase sempre inútil diploma de filósofo.