Balas!?

Hoje tudo parecia um caos.

Dias em que o calor no ambiente é

acompanhado por vento seco e barulhos

De hélice de ventilador.

A cabeça gira, a mente cansada, o burburinho dos clientes impacientes.

Balcão cheio, e o vai e vem das cabeças  de impressão para todo lado.

Entre dobrar, furar, cortar, e embalar.

Eu já nem sabia o que estava fazendo ali.

Tão cansada, tão mentalmente exausta,

e tão orgulhosa dentro da minha responsabilidade.

Ir embora, quero ir embora.

Os ponteiros congelados.

Como a minha criatividade.

Ir embora, apenas ir embora.

Em meio a tanto, um pacote de balas.

A mesa cheia de papéis, de intrigas, de responsabilidades, mas com

um Pacote de balas.

Era tão singelo, era pra mim?

Eu decidi, eu abri mão de você.

Escolhi seguir, eu lhe falei sobre isso.

(Então por que você tem de ser tão gentil?)

Porque é que você?

Claro, tens o livre arbítrio, Deus lhe deu,

E podes agir como quiseres, mas eu decidi.

E ali me fazendo de forte,

E inabalável, você viu, (não sei até onde) por baixo da estrutura precária do meu sorriso, fraco e simpático, e conseguiu fazê-lo, mais sincero.

E eram só balas.

Pra qualquer um.

Mas pra mim, eram as balas!

Balas que ganhei de você!

E porque de você?

Eram balas de goma, das minhas preferidas, ainda por cima.

Eu comi uma a uma, e me senti incrível.

Quase reconfortada.

O dia podia ser uma merda,

Podia estar um caos, mas mesmo assim,

Eu ainda tinha balas de goma.

Gesto simples pra você, mas,

Gesto Imenso pra mim.

Seja como for obrigada pela sua gentileza,

Pelas balas, e por mesmo que sem intenção,

Me ajudar a levar o dia mais leve.

Obrigada por ser gentil, mesmo quando eu acho, que deveria fugir da tua Gentileza.