Sobre a "toxicidade do outro"

Via de regra, a "pessoa tóxica favorita"(e mais incômoda, intragavel, insuportável...), habita em nós mesmos e, sem que percebamos, atrai semelhantes que se identificam com as nossas próprias toxinas e, claro, tambem com inúmeras qualidades, afinidades.

O ideal seria que pudessemos contar com esses mesmos "semelhantes" na tarefa da desconstrução e reconstrução, ressignificação, reforma íntima, reequilibrar-se, reenergizar-se...enfim, evoluir, avançar, amadurecer e melhorar-se como "ser" integrado ao todo.

Mas tambem, via de regra, o ego, a vaidade, o orgulho, a expectativa sobre o "outro", o medo, a impulsividade do julgo, as mágoas e traumas do passado, cicatrizes, etc...acabam por se tornar impedimento em tal empreitada. E com nossa permissão e anuência.

É aí que tambem reside uma das razões pela opção da "solidão"(optar em viver só ou, buscar relações liquidas, superficiais...sob o rótulo ingênuo de uma suposta "leveza").

Não que essa seja a opção "mais facil".

É que olhar no espelho, reconhecer-se, identificar seus traumas, bloqueios, vícios, defeitos...e deles, abrir mão, abandoná-los e deixa-los pra trás, perdoando a si mesmo sem incorrer na projeção de tais medos, receios, insegurança... "no outro" é tarefa dolorosa, árdua, demorada, trabalhosa, ...e a maioria de nós acabamos optando pela preguiça, pelo conforto da permanência macia e "fofa" de nossas próprias crenças, hábitos (afinal, estão conosco há muito tempo, certo?) e, optamos pela construção conveniente de uma verdade que possa acalentar e curar nossas feridas (que cremos terem sido causadas pelo "outro" ou, que o outro foi incompetente, inábil, incapaz de curar em nós...).

E aí, ainda que na solidão, acabemos por construir novas "expectativas" (que no fundo são as mesmas, "repaginadas",rs) a serem projetadas naqueles que o ciclo implacável e constante da vida, trará até nós novamente por mero, quântico e simples: magnetismo, a preguiça e a indisposição em mudar, acaba por condenar muitos de nós, à um constante e permanente ciclo vicioso.

O que fazer?

Respira. Confia. Creia.

Não desista de se melhorar.

Perseverança. Não impute ao outro a rigidez e a crueldade da ausência de misericórdia e compaixão que impõe à si mesmo.

Fé. Tranquilize-se.

Respira.

Perdoe a sí e aos que te cercam nessa maravilhosa e sagrada jornada.

Deus é mais. E Deus habita em ti.

A Respira.

Grande. Lento. Profundo.

Respira.

🙏🏽

Jane Dreamer
Enviado por Jane Dreamer em 22/01/2022
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