Maldita Memória
Ah, memória.
Aquela que guarda a lição.
Guarda a lembrança da alegria que é viver em conformidade com a nossa natureza divina
Guarda a lembrança da tristeza que segue a desconformidade.
Ah, bendita memória.
Que nos lembra nossa vocação de anjo.
Guarda a lembrança do bem estar que provem do cultivo dos bons sentimentos.
Guarda a lembrança do mal estar que provém do cultivo das emoções distante da alma.
Ah, maldita memória fugaz.
Que atiça nossos desejos,
recordando os prazeres imediatos,
mas esquecendo-se do vazio e desprazer que se segue aos excessos.
Até quando, maldita memória, há de me escravizar?
Cultiva a bendita memória
para que não sobre espaço
para as ilusões da maldita memória fugaz.