O que se expressa em meio às chamas

O que expresso em meio às chamas de minha vida não é ao certo o que realmente a define de forma concreta.

Tanto de longe como de perto, isso não é uma teoria indiscutível. Igual a tantos e tantos, sou precursor do mal, tantas vezes egoísta, exageradamente crédulo em hipocrisias, formador de tempestades invisíveis aos meus próprios olhos e, também, insensível demasiadamente em tempos não cabíveis para isso.

No entanto, minhas transcendências se esforçam muito para contrariar a desgraça cotidiana que eu tanto posso cultivar. Desde então, procurei amar o que não me quer mal instintivamente, tentar compreender as minhas assim como todas as atrocidades do mundo, entender minha insignificância e assim sentir a tão sonhada compaixão que fortalece suspiros, os quais, não necessariamente, precisam ser os finais.

Buscar uma rota que inspire as lágrimas de tristeza a serem fôlegos a todos que se percam na tragédia da vida pode ser, com doses de vontade, a fonte que mantém seu corpo firme e sua mente impetuosa contra a futilidade, contra o uso da falsa utilidade e a favor de sempre permanecer em pé, contra tudo.

Após tudo isso, convencendo-me de minha realidade, sinto vergonha de quem venceu minhas ações cujos cunhos tenham sido, possivelmente, engrandecedores.

Quem aqui fala não é um gênio, ditador e nem mesmo escritor. Sou só mais um ser humano, e, nessa ínfima espécie, busco na vida entender seu pior e ter vislumbres para sonhar no que um dia talvez seja o seu melhor já apresentado.