NUM PASSADO NÃO MUITO DISTANTE
Era 21 de janeiro de 2020. Caberia aqui dizer que "éramos felizes e não sabíamos". Vivíamos um cenário completamente diferente do atual, com pandemias de COVIDES em várias versões, e mais recentemente e não menos incapacitante, a gripe H3n2. Uma prova de como a situação era diferente está neste soneto que publiquei naquela data.
O Abraço
- Posso dar-te um abraço, transeunte?
Perguntou-me alguém em plena rua.
- Claro! Isto é muita bondade sua.
- Por que o fazes, que mal lhe pergunte?
- Queres saber? Nem sei como te diga.
Este que no momento estou te dando,
Em verdade, apenas repassando,
O que recebi de uma nova amiga.
- Me senti tão bem com aquele abraço,
Que por qualquer lugar por onde passo,
Vou repartindo tão doce afago.
- Quanto mais abraço melhor me sinto,
O mau humor, pra mim está extinto,
Há mais ternura em tudo que faço.