I-XVIII Jaezes de vida e morte
Contemplando a vida,
inspirado na saúde e na doença alheia, perdi a melhor parte.
Um estrondo, desta vez trazendo alguém, que ao ver percebi ser mais de três,
fez-me faltar a disposição à civilidade.
Fingindo não ser daqui, me desmenti por tanto instruir.
Mas nada soa fatídico quando se instiga o irrealismo,
fazendo-nos crer andar sob um destino por nós escrito.
E de tantas ali, todas escolhi,
e de todas, uma ouvi o que, para mim, seria brecha para outros fins.
Bastei mentir para tornar-me convicto e uma noite ter-me contigo.
E aos tropeços ímpios diante de si, veio a ingenuidade que aos homens serve de auxílio:
Via-me tímido e pouco precavido, logo eu, quem tanto sorriu e esta noite constituiu.
Nos sabotamos, criando no erro o que nos faz sentirmos certos.
Não é mais prazeroso que o contrário, porém é mais que quando nada se faz.
E desta vez, tudo soa fatídico quando questiono meu destino:
Este que o início com incerteza esperei, e o final com convicção aguardei.
Que tenhas mais criatividade que meu fim, e faça de ti alguém sem mim.