Filosofia da identidade _ 2
A identidade se dar por meio da estruturação geométrica do ente, isto é, os seus elementos vitais (moléculas, átomos, partículas e talvez vibrações em cordas) em um determinado arranjo entre si orientados pela vontade direta, ou indiretamente do suprassumo pensante, ou seja, o ser. Portanto, a identidade é um subproduto geométrico quantitativo, a imagem derivada de um processo. Nesta perspectiva, a explicação sobre o que é o ente é tautológica e não o explicaria de fato, esta é pois a crítica de Heidegger, haja vista, a concepção clássica, porém, ela não é toda verdade, o qualitativo é o ser, logo, tudo jaz qualitativo, a diferença subjaz, portanto, no quantitativo, ou melhor, no geométrico. Tudo se origina de uma causa, logo, tudo jaz unívoco, a substância não gera outra díspar, sequer outra, a não ser que há outra com as mesmas categorias, isto é, infinita, causa de si (no sentido de que sua existência depende somente de si para se manter, ou seja, ele é _ predicação insuficiente) e todo ato, no sentido de que seu ato não está a depender da sua potência e isto seria absurdum. Sendo assim, Deus seria todo em e meta, pois está em tudo de forma espacial, mesmo que não necessite, ou seja, ser-em-tudo mesmo que não ser-com. Denomino pois de ser-em-meta, pois ao tocar seus atributos com a linguagem surge um e... Esta é, pois, a razão insuficiente, daí tangenciarmos apenas o que é e dizermos é isto também e há algo além, ou seja, meta. O Dasein de Heidegger é o novo Deus (''o Dasein é, fundamentalmente, possibilidade de ser'') posto no lugar do outrora, o que melhor elucida a subversão ocidental, a valoração do horizontal em prol do vertical, haja vista, que é a passagem da fenomenologia ao existencialismo; Stein acentua que “(...) Este elemento prático que ele (Heidegger) introduz na hermenêutica é o absolutamente novo. Antes a hermenêutica era o compreender de textos, compreender determinados universos culturais, era, no fundo, um interpretar que tratava de objetos. Agora o compreender é um compreender que se constitui como totalidade, porque é um compreender do mundo, mas não de um mundo como um continente de conteúdos, mas de um mundo que é a própria transcendência. Este mundo ao mesmo tempo somos nós”, ''O ser como existir'', o ser-no-mundo que é de tu para tu, a abertura do ser que faz os entes acessíveis com seu ser-com, isto é, o ser no próprio ente e fenômeno, é claramente inesgotável e sempre a se escrever, mesmo que não impossível, porém, estamos a esquecer que somos finitos (pelo menos como seres de linguagem) e que o infinito como tal é provável ou no mínimo não pode ser descartado com uma afirmação, ou sistema no universal (em termos de quantificadores); se o universo for infinito seria ele o primeiro infinito fora da matemática e, portanto, estaríamos apostando contra o infinito e apostar contra o infinito é sempre uma derrocada.